terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Líder mundial em negociações, Brasil vende barato seus jogadores

Neymar é o jogador brasileiro mais caro da história do futebol. Atleta foi comprado pelo PSG (Foto: Reprodução)

RIO DE JANEIRO – Inçacionado por Neymar, o mercado de transferências de jogadores no mundo bateu um recorde absoluto em 2017. Segundo dados publicados nesta terça-feira, 30, pela Fifa, clubes gastaram um total de US$ 6,3 bilhões (aproximadamente R$ 19,9 bilhões) no ano passado em reforços. O Brasil lidera o ranking, com um total de 1,7 mil transferências internacionais e uma movimentação de mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,2 bilhões). Foram 821 jogadores exportados e 748 que retornaram ao País. Na América do Sul, por exemplo, o Brasil exportou quase o dobro de jogadores que o segundo colocado, a Argentina, com 486 casos. Mas os números revelam que, ainda sendo o maior exportador do mundo, o País não garante que seus clubes sejam os mais remunerados por fornecer craques a todos os continentes. No total, 254 clubes brasileiros estiveram envolvidos em algum tipo de compra ou venda internacional de jogadores no ano, o maior número do mundo. O segundo lugar é da Alemanha, com apenas 143 clubes. Porém, os times brasileiros faturaram apenas US$ 298 milhões (R$ 943 milhões). Nesse ranking, os clubes nacionais aparecem apenas na sétima posição, superados por Alemanha (US$ 483 milhões), Itália (US$ 508 milhões), França (US$ 643 milhões) Inglaterra (US$ 655 milhões), Portugal (US$ 803 milhões) e Espanha (US$ 850 milhões). A baixa rentabilidade da exportação nacional ocorre por vários fatores. Mas o principal deles é de que, quando saem do País, os jogadores são vendidos por preços baixos. Anos depois, esses mesmos jogadores serão revendidos entre clubes estrangeiros por valores superiores. Só em 2017, clubes estrangeiros e intermediários caram com mais de US$ 700 milhões (R$ 2,215 bilhões) apenas ao comercializar jogadores brasileiros pelo mundo. No total, 420 atletas brasileiros foram vendidos no ano passado entre clubes estrangeiros.

 De acordo com a Fifa, jogadores brasileiros representaram em 2017 mais de 10% de todas as transferências no mundo. Os números mostram que o Brasil é o único ‘global player’ do mercado, pois atletas do País estão hoje atuando em 93 países diferentes.